Uma definição de influencer

Ter um milhão de seguidores e ganhar, no mínimo, 300 mil euros por ano.

Nuno Melices I

Ainda vamos ver o “Ministro” Nuno Melo a propor a incorporação obrigatória dos sem abrigo nas Forças Armadas….

Vários anos longe do poder…

E muitos boys & girls sem emprego. O governo exonerou a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Obrigado

Jorge Nuno Pinto da Costa, 1982-2024

Ontem, a caminho do almoço no Southbank Centre, passei pelo St. Thomas’ Hospital

“St. Thomas’?”, perguntei aos deuses da Ortografia. “Deveria ser St. Thomas’s!”, exclamei. Felizmente, não estou sozinho — há quem se defenda, alegando que é um plural. Really? Oh dear!

E se…

…Se forem grandes delitos? Tarrafal?

“Minha laranja amarga e doce”

“Cavalo à solta” é, para mim, uma das mais belas canções alguma vez concretizada pela genial dupla Ary dos Santos e Fernando Tordo.

A dualidade de sentimentos e perceções próprias da precária condição humana, o modo como em cada um de nós os opostos lutam e dessa luta nasce um sentido, tem uma dimensão singular nos trilhos da vida.

A dado momento, diz o genial Ary dos Santos:

“Minha laranja amarga e doce, minha espada
Poema feito de dois gumes, tudo ou nada”

Tudo isto, acompanhado pelos tons dramáticos que as notas musicais de Fernando Tordo, e a sua voz precisa e profunda, que nos levam a compreender melhor a mensagem, sem subterfúgios ou equívocos, num embalo semântico e dual.

Ali está, sem dúvidas ou ambiguidades, ou com todas elas, toda a contradição harmonizada que compõe a condição e o sentimento.

Revisitei ontem esta canção quando via os resultados eleitorais do meu meu clube, do meu Futebol Clube do Porto.

Outrora sócio, e, há muito anos anos, mero adepto, se sócio continuasse a ser, teria votado André Villas-Boas.

Mas, jamais teria comemorado tão grande derrota sofrida por Jorge Nuno Pinto da Costa. Pela simples razão que entendo que do passado se faz melhor futuro. E eu não posso esquecer as dimensões europeia e mundial que Pinto da Costa deu ao meu clube.

Foram décadas de consolidação de um modo de ser e de sentir, não apenas de um clube, mas, acima de tudo, de um modo inconformado de estar na vida de uma região e, até mesmo, de qualquer um que não se resigna.

É verdade que os últimos anos foram de desacerto e que o clube atingiu perigosos níveis de endividamento. E, não menos verdade, faltou visão e até coerência, entre princípios e acções.

E, mais ainda, faltou a aquilo que John Pappas – personagem do filme “City Hall”, interpretada por Al Pacino – denomina por “menschkeit” (um termo Yiddish que significa “the space between a handshake”: [Read more…]

FC Porto: o aviso está dado

Ontem foi uma vitória esmagadora do Portismo. Porque esmagadora era a vontade de acabar com a impunidade visto na famigerada Assembleia Geral. Porque esmagador era o sentimento de revolta com o desnorte financeiro (e não só) dos últimos anos. Foi a vitória dos sócios.

Os mesmos sócios que não esquecem Jorge Nuno Pinto da Costa, o seu legado, a sua dedicação mas que sabem que o clube é dos sócios. Todos.

Agora é deixar os vencedores trabalhar e lembrar-lhes que a exigência demonstrada ontem estará sempre presente. Não se enganem, ontem não foi dado um cheque em branco. Foi dado um aviso à navegação. Foi o Portismo em todo o seu esplendor. Um Portismo que vai do Minho a Timor e onde quer que viva um(a) Portista💙.

Como alguns aventadores (dois), os Smoog surgiram em Outubro de 1972

FC Porto: André Villas Boas ganhou

André Villas Boas é o novo Presidente do FC Porto

A IL, o regime comunista do Estado Novo e o combate aos caçadores furtivos que matam unicórnios cujo corno serve para tratar a disfunção eréctil

Como todos sabemos, o corno de unicórnio tem poderes medicinais, sendo usado para tratar a pele atópica e a disfunção eréctil ou a pele eréctil e a disfunção atópica, não sei bem, porque ainda estou a tentar entrar em Medicina e as médias estão altíssimas. Por isso, os unicórnios correm perigo de extinção – nas matas e florestas de todo o mundo, especialmente em Monsanto e na Arrábida, há caçadores furtivos que matam, sem escrúpulos e sem balas, unicórnios aos milhares.

No desfile comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, a Iniciativa Liberal, dentro do mesmo espírito informado e científico, gritou a palavra de ordem “Comunismo nunca mais”, de maneira a pôr os pontos nos bês. Viva a Iniciativa Literal!

Não passarão

A enchente na Avenida da Liberdade e nos Aliados fez-me perceber que me deixei alarmar em demasia com o protesto eleitoral que reforçou a extrema-direita.

Preocupado estaria se, ao invés de captar um voto de protesto conjuntural, os herdeiros do Estado Novo fossem capazes de encher as ruas com dezenas ou mesmo centenas de milhares de pessoas a celebrar o 11 de Março.

Contudo, o máximo que os vi fazer foi encher o pequeno auditório de uma livraria, para ouvir homens a preto e branco defender que a mulher devia estar na cozinha e que a violência doméstica não existe porque elas não se queixam. É repugnante, bem sei, mas o 25 de Abril que tanto desprezam deu-lhes a possibilidade de arrotar estas e outras verborreias.

Combatam-se os saudosistas com a razão.

Não passarão.

FC Porto: A Hora é de mudança

Sou o sócio número 8860 do FC Porto e mantive um certo distanciamento nas eleições. Já criticava a actual direcção quando outros que hoje a criticam estavam em silêncio ou a usufruir do camarote presidencial. Escrevi aqui, no Aventar, sobre as contas e não foram simpáticas as palavras que me dirigiram.

O FC Porto é mais do que uma paixão, muitas vezes irracional. Para mim, como já antes o escrevi no Aventar, é muito mais do que um mero clube de futebol. Uma paixão que herdei do meu Pai e natural para quem nasceu e viveu na Areosa onde, como se sabe, se localiza a rua com maior número de portistas por metro quadrado, a Rua D. Afonso Henriques. Cresci com Jorge Nuno Pinto da Costa a presidente do meu clube e tanto que lhe devemos. Tanto. A hegemonia no futebol português pós 25 de Abril, o clube português mais titulado internacionalmente, infraestruturas como o Estádio do Dragão ou o Centro do Olival ou o Pavilhão (Dragão Arena). Tanto. E não me esqueço quando o Norte se demitiu de salvar o Porto Canal foi o FC Porto que o fez. Quando não era sua obrigação.

Porém, como quase sempre nas mais diversas actividades sociais, Jorge Nuno Pinto da Costa não soube sair. Pelo seu pé. No momento certo. Pela porta grande. Pior, deixou-se enredar numa teia perigosa com gente pouco recomendável. Até ao fatídico dia da Assembleia Geral de Sócios onde muitas dessas pessoas pouco recomendáveis fizeram a única coisa que sabem fazer: merda. E JNPC pactuou com tudo. Para muitos sócios foi o ponto final.

Não sei se, amanhã, nas eleições André Villas Boas vai ganhar mas, pelo menos, teve o mérito de agitar as águas. O que não é pouco. Enquanto sócio e apaixonado pelo FC Porto espero, sinceramente, que AVB vença e possa responder às minhas preocupações sobre o futuro do clube: Dragon Force, Internacionalização da Marca, Porto Canal e toda a vertente comercial do clube e da marca. O que sei é que a hora é de mudança.

Selvajaria

Se a descaracterização de uma cidade resultar do “capitalismo selvagem” – que condena o comércio tradicional em detrimento dos starbâques – as lágrimas pelo passado e o clamor pela sua preservação são uma demonstração de apreço pela tradição e alma lusitanas.

Se essa descaracterização for fruto de uma agenda progressista de relativismo cultural, as lágrimas pelo passado e o clamor pela sua preservação são laivos racistas de saudosistas bafientos.

Obrigado, 25 de Abril

«Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!»
“Aniversário”, Álvaro de Campos

Os dias, tal como as pessoas, têm virtudes e defeitos. O dia 25 de Abril de 1974 é o pior dia da História de Portugal, à excepção de todos os outros.

25 de Abril hoje

Observo o mar de posts onanísticos de apreço pelos soldados de Abril e vejo uma razão compreensível pela qual os indivíduos manifestam hoje tamanha gratidão por quem percepcionam ter lutado pelas suas liberdades no passado: a consciência profunda e demonstrável de que nunca teriam ou terão a coragem, a impetuosidade e a espinha dorsal para o fazerem eles mesmos.

Feliz aniversário, Liberdade!

Ainda me arrepio com as histórias, as músicas e os relatos de quem viveu a guerra e a revolução.

Com os documentários, as reconstituições cinematográficas e as imagens daquele dia inicial inteiro e limpo.

Com a coragem daqueles militares, que arriscaram a liberdade e a vida para que todos pudéssemos ser livres e – finalmente – viver.

Com a existência clandestina dos bravos da resistência antifascista.

Com a realização daquela alegada utopia, que na madrugada que todos esperavam emergiu das trevas e limpou o céu.

Com o privilégio que foi nascer em democracia, sem nunca, de forma alguma, ter estado sujeito à censura, à perseguição ideológica, à prisão arbitrária, à tortura ou à morte às mãos de um qualquer carrasco da PIDE.

Poucas coisas me alarmam, tão intensamente, como a ideia de vivermos hoje um tempo em que uma ruidosa minoria decidiu sentir saudade de um tempo que não viveu.

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É preciso e é urgente

Alguém ajude Marcelo Rebelo de Sousa a terminar o mandato com dignidade….

É agora (vamos)

 

É agora (a saída das tropas dos quartéis)

Um dia

Montenegro escolheu a degradante

Sebastião Bugalho, a negação do mérito e o festival de memes que aí vem

Sebastião Bugalho, um jovem de 28 anos cujo percurso profissional e de vida se resume a ter andado na escola e ao comentário político que faz nas TVs e jornais, foi o escolhido por Luís Montenegro para liderar a lista da AD às Europeias.

Representa a total negação do mérito, numa lista repleta de laureados pela lealdade ao líder.

É a rendição total de Montenegro ao mediatismo e à política do espectáculo.

E é mais uma cedência à extrema-direita, colocando-se à AD disponível para esgrimir arremessos de lama na arena do espalhafato populista.

Vai correr muito mal.

Que lhes sirva de lição.

Dois dias

Três dias

Existe uma enorme diferença semântica entre

Morta por dentro, mas de pé, de pé como as árvores” e (peço desculpa pela javardicezita) “Prefiro morrer de pé do que votar no Luís André“. A primeira dá o mote. A outra… A outra… A outra (ui!), valha-nos Nossa Senhora da Agrela.

Passos Coelho e os que comem criancinhas

No tempo do salazarismo, havia um faduncho anticomunista que servia para alimentar o medo do papão leninista-estalinista-siberiano. Incluía, o dito faduncho, versos como “Maldita seja a Rússia soviética!” e “Malditos os que comem criancinhas!”. Quando se pensava que já não seria possível reencontrar um discurso tão primário, eis que Passos Coelho reaparece para reavivar fantasmas em que ele próprio não acredita, mas que lhe dão jeito para a campanha em que se integra, juntamente com outros intelectuais do mesmo calibre, como Paulo Otero ou João César das Neves, alguns dos autores que integram a colectânea “Identidade e Família”.

Descaindo os cantos da boca, de modo a imitar uma gravitas de estadista, Passos Coelho disse que há uma «sovietização do ensino».

Um dos mitos alimentados pela direita tola

(ou pela direita que fala para tolos)

é o de que a Escola Pública é uma verdadeira madraça dominada por comunistas e outros parentes desgraçadamente próximos que andam a catequizar as pobres criancinhas, que, a não serem comidas ao pequeno-almoço, hão-de transformar-se, por força da doutrinação, em futuros comedores de criancinhas, em consumidores de drogas pesadas, médias, leves e pesos-pluma e em heterossexuais convertidos em quaisquer outros sexuais que tentarão obrigar toda a população a mudar a orientação sexual. [Read more…]

Thurston Moore Group – Ao vivo no 100 Club, Londres, 13/12/2023

Factura da electricidade a subir, IRC a descer

Sabem o que era mesmo bom para este país ir para a frente?

Sacrificar parte da receita fiscal para reduzir o IRC à EDP.

Se os camaradas do Partido Comunista Chinês nos vão aumentar a factura da electricidade, é porque estão mesmo aflitos e o aumento de 40% nos lucros em 2023 não lhes chega para pagar as contas. O socialismo sufocou-os, coitados.

Quatro dias